Mudança? De onde ela vem?
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Está tudo errado e você sabe disso. E não. Não estou falando apenas do sistema político e das crenças mundiais sobre justiça, igualdade e oportunidades. Mas algo mais dentro de sua realidade. Sendo direto: em você.
Você consegue perceber onde tem colocado as suas energias? Sabe que tem dado mais atenção ao que não acredita, ao que não tem, e se compara o tempo inteiro com o outro? Eu sei. Convivemos com o Instagram. Quer meio mais sedutor para se comparar do que ele? No entanto, há algo que talvez você saiba só não consegue reunir forças para entender e pôr em prática: a mudança não vai vir de outras pessoas e nem se comparando com o incomparável (com realidades das outras pessoas, por exemplo).
Acabo de jogar no seu colo a responsabilidade de mudar algo que não faz sentido para você, algo que está errado e faz você pensar todos os dias que ‘está tudo errado!’. É duro, mas precisa vir de você. Não é com fórmulas mágicas, pílulas, tampouco com tutoriais irreais. E digo mais: vai haver resistência. Porque resistimos a mudança, porque tememos o novo.
Nos ensinam que o novo é um fascínio e bom apenas quando se trata de experiências tangíveis e possíveis de mostrar para o outro, como compras e viagens, ou seja, algo que lhe destaca socialmente. Quando se trata de algo novo em nossas vidas, em mudar a forma de pensar, se enxergar e viver o mundo, no entanto, resistimos. Acreditamos que o novo não é bom. Amaldiçoamos ele. Criamos listas e mais listas, pontuando como ele é incerto, arriscado e que pode provocar feridas.
De certo, é possível que ele cause mesmo. Que deixe cicatrizes, inclusive. Mas nenhuma dessas feridas em busca da própria felicidade são letais. Elas podem deixar marcas que depois você terá que conviver. E não precisa esconder nada, tampouco temer. As suas cicatrizes vão indicar que você tentou mudar e conseguiu. Elas são apenas uma parte da sua história que você conseguiu dar atenção, energia e força para que ela pudesse existir.
Está tudo errado, eu sei. Mas de onde vem a mudança desse errado? Vem aí, de você.
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