Um pedaço do tempo

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Somos um pedaço de tempo que passa, mas que nunca deixa de existir.

Nossa passagem é breve, terna, mas eterna. Ocupamos um pedaço de tempo e espaço e, por mais que tudo seja rápido, em relação ao tempo do cosmo, somos eternos. Escolhemos (ou escolhem por nós) existir e, por isso mesmo, já somos eternos. 

Se algum dia pudéssemos voltar no tempo, nos encontraríamos ali, no pedaço de tempo que nos corresponde. Data de nascimento, de morte, de vivências. Encontraremos os nossos registros de história, os nossos sonhos, sentimentos, temores, esperanças de um tempo futuro, único e melhor. Seríamos capaz de alcançá-lo ou ao menos perceber como ele poderia existir?

Nós somos um pedaço desse tempo, que é grandioso e indiferente à nossa existência, mas capaz de nos manter eternos em memórias, em tempo e espaço, em imagens, em sentidos. Memórias universais, memória de quem nos mantém vivos. Acho que é isso que chamamos de tudo ser infinito. 

No fim, início, meio e fim são a mesma coisa, quando conseguimos olhar tudo com esse olhar de infinidade. 

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