Você é um lápis apontado todos os dias

foto: pixabay


O problema de existir (ou o problema existencial) que avança à medida que o tempo passa não está em envelhecer, mas de estar (ou não) consciente.

Consciente de que seu tempo está acabando e que cada escolha lhe empurrou (e lhe empurra) para viver fases – e desafios – diferentes durante a própria vida. Estas etapas que sequer imaginou existir quando foi lançado a elas, que jamais imaginou que poderia lhe trazer mais sofrimento do que prazer.

Por isso, a sensação de que o tempo passa e você envelhece, diante de experiências que lhe trouxeram mais sofrimentos do que prazer, parece tão ruim. Estar consciente de que a sua juventude ou tempo de vida foi usado em algo que lhe trouxe sofrimento, não te traz paz para lidar com as transformações e  avanço do tempo.

en.ve.lhe.cer
Seu tempo para recomeçar se encurta à medida em que ele avança de forma indiferente as suas ansiedades ou desejos. O seu tempo é como um lápis que vai sendo apontado a cada vez que é usado. O seu tempo segue a mesma lógica de escrever histórias inéditas que podem ser apagadas, resignificadas ou reescritas infinitas vezes até o lápis enfim ser completamente gasto.

O seu tempo vai acabar. 
Na realidade, ele já está acabando desde que nasceu.

tem.po
O dilema da nossa existência, enquanto seres que respondem fisicamente ao avanço do tempo é de escrever trajetórias e caminhos que façam sentido para que esse lápis, que um dia não existirá mais, possa ter escrito histórias reais, não necessariamente as melhores – afinal, o que é melhor? Melhor para quem? – mas que fizeram sentido e foram positivas para quem escreveu ou vivenciou elas. Histórias que tiveram um propósito do tamanho das suas necessidades.

As suas escolhas sobre a hora de apontar o lápis é o cerne de tudo. Escolhas racionais também tem o poder de gerar atitudes irracionais. Se for necessário, quebre a ponta, refaça e recomece até que essa história gere um sentido alinhado ao que se espera de viver uma vida como protagonista.

Re.es.cre.ver é re.co.me.car.


  


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