As mil voltas que talvez o mundo precise dar

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O mundo poderá dar mil voltas até você se encontrar e não tem problema algum nisso. Criamos a ilusão de que os eventos precisam acontecer apenas dentro uma ordem cronológica. Fez 17 anos, escolha um curso. Faça-o e depois trabalhe no que se formou. Não pode mudar de área, viu? A menos que seja uma história lucrativa, aí nos deixam em paz para mudar. Arrume um namorado e case com ele um tempo depois. Tenha filhos e compre uma casa. Faça uma viagem todos os anos e seja feliz. É uma cronologia baseada em nascer, produzir e morrer. Ela precisa ser tão normativa assim?

O que não percebemos nessa narrativa ilusória é que cada um de nós tem uma trajetória diferente. Para cada escolha, um punhado de possibilidades se abrem como um grande rolo holográfico vivo, que se altera à medida em que avançamos e traçamos os próprios caminhos. Vida, morte, sonhos e ilusões. Tudo ao mesmo tempo. 

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É impossível comparar com o outro a própria vida. E isso, embora óbvio, é o que mais fazemos e uma das coisas que mais nos limita. Quantos sonhos deixamos de acreditar porque eles não estão na trajetória do outro? E eles não vão estar mesmo, pois eles são seus. Nos convencem de que temos apenas que seguir fórmulas para sermos felizes e nos frustramos mesmo seguindo elas.

Portanto, tenha paciência e siga em frente. Não se compare a partir da trajetória do outro, você tem as suas. Foque nelas e não tenha medo de abrir portinhas de possibilidades. Não existe linha reta, certezas e garantias. Mas em uma delas, estará algo que fará sentido e sua vida mais feliz.


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