Bússola
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Quebrei grandes pedras com as próprias mãos
E os pedaços que restaram ainda são grandes e largos
Caminho por eles em corredores largos disfarçados de paz,
Pareço à deriva num horizonte apático
Navego impacientemente em águas incertas,
Pareço esperar qualquer sinal estabilidade
Parece tão injusto e inútil não saber quem é você,
Quando você sempre soube tudo de mim
Como acordarei amanhã? Pergunto todas as noites
A imprevisibilidade que um dia excitou
Hoje me deixa em pânico, porque o desejo é por paz
Você é o desejo, um grande truque e não percebo?
Navego à deriva atrás de um desejo, desejos são reais?
As vontades do desejo continuam latentes e previsíveis,
Mas a navegar é cada vez mais incerto
É a indeterminação que nos une e afasta, oprime e liberta,
Se ao menos eu encontrasse a bússola perfeita
Para acabar com o navegar até o tal desejo,
Encontraria a paz em viver comigo mesmo ∞![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH53MLOhBGILcjggaUNDBSDB-aTHm_O-frIgTMF-8hCQ2djtG40AEmnUK9MhuSz52-61XLG1HdzwuBlsoVq02Hq_BBW7eZDbzSI8CsM9wtyGgeAqaG3SBEtDCkwqRxwooy1LzOsYznVlg/s1600/poemapoesia.png)