Mudar, mudar




Mudar dói? Bom, talvez. Se você estiver disposto de verdade, não sentirá tanto. Se estiver inseguro, fatalmente irá doer mais. Mas tudo isso não pode ser tão generalizado. Depende de que mudança seja ou quem está envolvido. É um conjunto de sentimentos que fazem parte do universo pessoal.
A certeza de que não se pode mudar, sustenta-se criando personagens o tempo inteiro, porque ainda não encaramos a mudança como parte do nosso processo de vida. Viver alimentado de ilusões transitórias ou temporais é uma válvula de escape. Mas o mundo não para e tudo gira o tempo inteiro. Novos espaços apresentados, novas pessoas e junto com estes e estas, possibilidades de mudança e aprendizado. Mesmo que ainda seja pouco perceptível, as mudanças causam efeitos.
Encarar as mudanças não se trata de imaturidade ou fraqueza. Mas mudar pode doer. Doer pode significar um sofrimento longo, incalculável e severo. Nas noites em que se planeja no fundo há o desejo de mudança imediata. Mudança para melhor, mas sem as consequências negativas. Se existe uma coisa que devemos por nas nossas cabeças, em todo o processo, é de que as nossas lágrimas são preciosas demais para serem derramadas por qualquer coisa.
Mas e se quando se inicia a mudança, se instaura sentimentos negativos no meio do caminho? Será está à dor que tanto se teme ser algoz? Ou será que não é fruto de um medo individual? A lagarta ao virar borboleta entra em um processo de transformação. Ao sair do casulo, luta com todas as suas forças para sair, o que permite que suas asas estejam preparadas para grandes voos. Acho que conosco acontece o mesmo. Tudo em seu devido tempo, milimetricamente calculado. O universo tem uma sinergia perfeita.
Mudar dói? Talvez não. Talvez a possível dor seja apenas um momento de adaptação. O momento em que se conhece o novo. Como todo ou qualquer novo, costuma causar algum tipo de estranhamento ou reações. Não que façamos de conta interpretando personagens fictícios e ao mesmo tempo nocivos a nós mesmos, mas encontrando mais razões para ouvir o nosso próprio eu. De uma coisa não resta dúvidas: sentir que está saindo da toca é um dos sinais de que as coisas estão mudando ou irão mudar.


Footnote:
Coisas invisíveis fazem falta.


Comentários

  1. Aiiin Vinnyyye adoooro tuas postagens, heyy tbm sinto falta de coisas invisiveis, e de algumas q só existem pra mim. auhhuau
    Bjoks

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