De galho em galho

de galho em galho, o tempo passou | foto: óticacotidiana


Você mudou...
Não por necessidade, mas porque te disseram:
“Vá! Você ainda precisa viver mais coisas”.
E você foi, mas com o pé atrás,
Mudou de cidade, pintou os cabelos,
Se olhou no espelho e até se fingiu ser outro.

Você mudou...
Dispensou um amor porque não sabia se ele era grande demais pra se entregar.
“Está cedo pra se apaixonar. Vá viver outras coisas”.
E você foi viver,
Porque disseram que só se dá valor ao amor quando ele vai embora.

De galho em galho, com sonhos itinerantes e o coração em farrapos,
Costurado por promessas que nunca foram de nenhuma de suas versões.

O tempo passou... O que você aprendeu?
Colecionou uma pilha de experiências,
Mas elas foram lições ou distrações?
Será que elas te ensinaram a abandonar tudo por um futuro
Que nunca chegou?

Solitário,
Procurando atalhos,
Você sentiu: só existe o agora e teve medo dele,
Porque ele dói mais do que o passado.

Quem seria você se tivesse amado o primeiro?
Quem seria você se tivesse ficado?
Quem seria você se não tivesse mudado?
Você fez escolhas, ou as escolhas te induziram a escolher?

De galho em galho, você só queria achar uma fórmula
Não pra viver melhor,
Mas para não se arrepender pelo que escolheu viver.

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