O vento que te envolve
| foto: pixabay |
Às vezes, nos preocupamos em vão com os movimentos da vida. Permitimos que o medo se infiltre, e nos escondemos, protegendo sentimentos que poderiam florescer, tudo em nome de uma possibilidade, entre tantas que a vida generosamente nos apresenta.
Com o tempo, percebemos que a vida tem uma sabedoria própria: uma sabedoria que vai além de palavras ditas em um divã de terapia. Ela sempre encontra uma maneira de trazer para nossa experiência um fato, uma pessoa, um encontro, reencontro, uma situação, uma ideia — ou até mesmo um universo inteiro, se for necessário. E, com a mesma precisão, ela também remove, sem cerimônia ou explicações, aquilo que já não cabe mais. Às vezes dói. Na verdade, não vou mentir para você, na maioria das vezes dói e muito.
Será que estamos verdadeiramente abertos às surpresas? Em que medida nos apegamos, tentando preservar algo que julgamos valioso, apenas porque carrega consigo uma lembrança feliz, efêmera e nostálgica? Às vezes, queremos a segurança dos nossos sentimentos, nos prendemos ao que é familiar — e, embora isso tenha sua dose de conforto, não deixa de ser uma armadilha silenciosa. O que deixamos de viver por conta de uma promessa?
E se essas lembranças que nos ancoram forem meros fragmentos de uma ilusão? Um reflexo de quando acreditávamos que aquilo era absoluto, essencial, e que sua continuidade era indispensável. Aquelas lembranças que um dia nos fizeram feliz por completo, em que pudemos sentir e tocá-las com todos os nossos sentidos e sentimentos.
O vento sopra no rosto todos os dias, especialmente nas tardes silenciosas. O que colhemos do dia de hoje? Um receio do novo ou uma habilidade engenhosa para camuflar e preservar o velho, através de todos os nossos sentidos e, principalmente, do coração?
Um aperto no peito, um começo, um fim.
Mais cedo ou mais tarde, a vida encontra seu próprio equilíbrio, mesmo que isso nos peça a coragem de nos desfazer e nos reinventar por inteiro.
E se essas lembranças que nos ancoram forem meros fragmentos de uma ilusão? Um reflexo de quando acreditávamos que aquilo era absoluto, essencial, e que sua continuidade era indispensável. Aquelas lembranças que um dia nos fizeram feliz por completo, em que pudemos sentir e tocá-las com todos os nossos sentidos e sentimentos.
O vento sopra no rosto todos os dias, especialmente nas tardes silenciosas. O que colhemos do dia de hoje? Um receio do novo ou uma habilidade engenhosa para camuflar e preservar o velho, através de todos os nossos sentidos e, principalmente, do coração?
Um aperto no peito, um começo, um fim.
Mais cedo ou mais tarde, a vida encontra seu próprio equilíbrio, mesmo que isso nos peça a coragem de nos desfazer e nos reinventar por inteiro.
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