Corredor de espera







A espera é um longo corredor estreito em que a cada passo dado o esforço é multiplicado. Só se vê o corredor inteiro quando se chega em uma das pontas. Assim é o tempo. O tempo perdido e as possibilidades abdicadas em função de algo presente só são perceptíveis com o avanço dele. Curioso é que a experimentação e sensação do tempo só ganha fôlego, quando algo do presente começa a dar sinais de falência ou conflito. Será que se tudo estivesse bem haveria a sensação de tempo perdido e de inércia? Será que o corredor estreito seria visível? 







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