Versões
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Vejo fotografias, grafias e papéis. Lembranças de um eu perdido em meio a um universo frio e desconhecido. Sinto saudades do que era seguro. Embora não me sentisse totalmente protegido naquela época, ela parece me trazer mais conforto do que a experimentada hoje. Justamente porque passou.
Que saudades tenho da versão perdida. De um eu para chamar de meu. Desse tempo cujos desafios já estão superados.O passado hoje é tão confortável. O tempo levou embora uma versão minha. Àquela mesma que viu os anos sendo arrancados do calendário, à medida em que me tornava mais velho e maduro. Mas quem se importa? Eu deveria me importar?