A espera
A espera tudo devora
O vazio rapidamente se incorpora ao ser
Os sonhos motivadores de tudo agora aprisionam
Ele desejou partir, recomeçar, reencontrar-se
Desejou não viver mais aprisionado
Mas ele ainda reconhece o que é poder de escolha?
A sua autodefesa já está tão violada, ultrajada
Porque se salvou inúmeras vezes do abismo da solidão, refém da ilusão
De todos os males que passou, a espera é a menos opressora
Porém, a espera arde na carne e espírito quando se prolonga
Porque é uma prisão que cutuca os sonhos que querem adormecer
E os sonhos são sempre algo difícil de deixar partir
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH53MLOhBGILcjggaUNDBSDB-aTHm_O-frIgTMF-8hCQ2djtG40AEmnUK9MhuSz52-61XLG1HdzwuBlsoVq02Hq_BBW7eZDbzSI8CsM9wtyGgeAqaG3SBEtDCkwqRxwooy1LzOsYznVlg/s1600/poemapoesia.png)